Diário de Oracão 5º Dia - Pessoas invisíveis e desvalorizadas


Se eu apenas te tocar
Eu sei, serei curado
Se eu apenas te tocar
Eu sei, serei sarado....
“Pelo contrario, os membros do corpo que parecem ser mais fracos sao necessários; e os que nos parecem menos dignos do corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra...”
I Corintios 12.22-23

Outro dia conversando com uma diaconisa muito amorosa disse que as pessoas de sua igreja local nao valorizavam o que ela e outros diáconos faziam. As pessoas estavam preocupadas demais em estar em destaque.
Para mim o jeito pelo qual fui recebida quando visitei aquela igreja, foi o que tinha me marcado. Por isso, me surpreendi com o desabafo daquela mulher. Não conseguida sequer imaginar que alguém nao valorizasse o trabalho dela, era como se ela fosse invisível pois quase sempre não está em evidencia.
Me lembrei de algumas coisas. Da frase de Helena Tannure dizendo que o mantém uma igreja de pé são aquelas pessoas que nao aparecem e novamente, da carta do apostolo Paulo aos Corintios dizendo que, aqueles membros tao pequeninos e necessários, a estes devemos maior honra.
Ferimos quando nao valorizamos e amamos as pessoas. As desvalorização traz aquele sentimento de frustacao de que você fez tudo o que podia, ou tudo o que sabia mas ainda nao foi o suficiente. Voce falou o que achava ser importante e nao consideraram seu ponto de vista. Ficou em silencio para nao se envolver em nada, mas nada mudou. Pessoas assim anseiam desesperadamente por alguém que se importe com elas, que as ame e que reconhecam o que fazem. É duro dizer mas quando dizemos que “tratamos os outros da forma que gostaríamos de ser tratados”, pode ser uma via ambígua. Se eu trato bem alguém quase sempre receberei de volta este mesmo tratamento, mas o contrario também é verdade. A boca fala o que o coração está cheio e nao posso dar aos outros o que não tenho. Precisamos muito do Espírito Santo em intercessão por nós para que sejamos curados.
Outro dia, conversando com uma amiga casada há muitos anos, em um daqueles momentos de desentendimento com o marido, ele afirmava com muita certeza de que ela deixá-lo. Ela simplesmente disse: “Não se preocupe, nunca vou deixá-lo, porem, dependerá de você em ter uma esposa legal, que o ajude em tudo, ou uma esposa amarga e mal humorada. Depende da forma de como você me tratar”.
Milhares de pessoas invisíveis como minha amiga estão espalhadas pelo mundo vivendo a mesma situação. Milhares de pessoas como aquela diaconisa também sente o que ela sentiu (I Pe 5.9). Um “mundo melhor” nao começa nos palcos, nos púlpitos pregando para uma multidão a cada semana. Se é o seu dom, faz parte mas não é o essencial. A mudança nos outros começa primeiro em nós, comecando com as atitudes mais simples, as menores que ninguém se preocupa: dar valor e importância a quem nos cerca e nos serve com o que sabe fazer.

Para meditar: I Corintios 12 / I Pe 5.9

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