Uma reflexão sobre o Haiti
População: O Haiti é um país extremamente jovem: 70% da população estão abaixo dos 30 anos. Metade tem entre 15 e 29 anos. Uma das propostas estudadas para engajar essa população é criar uma força-tarefa cívica para trabalhar na reconstrução do país. Antes do terremoto, 50% dos jovens com cerca de 20 anos estavam desempregados.
Capital: Porto Príncipe
Economia: O país permanece extremamente pobre, sendo o mais pobre da América, 45,2% da população é analfabeta e a expectativa de vida é de apenas 60,9 anos.
Religião: Católicos: 64% , Protestantes: 23,6% , Vodou haitiano: 5% , Sem filiação: 5% , Outras: 2,4%.
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A fé sem obras é morta
(Tiago 2.14-23)
Desde quando houve o terremoto que devastou o país há 2 meses, os olhos do mundo voltaram-se para o Haiti. Isso provavelmente não afetou a vida de muitos, mas para outros, anos a frente são esperados para recontruírem suas vidas.
Tudo começou a gerar em torno dessa tragédia. Notícias sem fim chegaram e continuam chegando acerca da situação do povo de lá, entristecendo nossos corações como povo de Deus.
Daí, fazemos tantas perguntas querendo saber o porquê dessa tragédia que mudou para sempre a vida de tantas pessoas e mais que isso, mudou o futuro de jovens e crianças. Muitas perguntas sem respostas. Tornou-se um país de órfãos, viúvas e de uma geração fragilizada, movida pela violência, medo, desespero e pobreza.
Nessas horas, paro para pensar no nosso papel como igreja. A bíblia diz que a verdadeira religião seria servir aos órfãos e as viúvas (Tg 1.26-27). Há uma país inteiro nessa condição. Então, se não estou me empenhando nisso, será que posso dizer que estou de fato, seguindo as pisaduras de Jesus?
O mundo se levantou pra ajudar nossos irmãos lá e lamentavelmente, muito dinheiro e ajuda humanitária acabou não chegando a quem mais precisava. É lamentável que, mesmo numa tragédia dessas, ainda há pessoas preocupadas consigo mesmas ao desviar ou querer administrar demais toda ajuda humanitária que é destinada. Como é possível tantos milhões de dólares ser levantados (ainda no próprio mês da trajédia) e nem o próprio presidente do Haiti ver a cor do dinheiro? (Veja matéria). E o pior, se o presidente não vê o dinheiro arrecadado, muito menos os mais pobres que mais precisam.
Não podemos nos esquecer dos heróis, sejam eles do exército, missionários ou outros anônimos. Enquanto há gente lutando e morrendo no Haiti para ajudar esse povo, ainda há gente que não se importe. Quanto tempo mais continuaremos a ver a disputa por um resto de comida ou uma miséria de alimento que os haitianos estão recebendo, por um terremoto que nem eles mesmo causaram?
A cada reunião que se faz em como administrar os recursos que chegam, morre mais uma criança ou o filho de alguém, o marido de alguém. Além disso, ainda queriam parar as buscas por sobreviventes, sendo que vemos com nossos próprios olhos o milagre da vida quando alguém é encontrado vivo debaixo de tanto concreto, depois de tantos dias.
Muitas coisas que estão acontecendo lá é um absurdo e para nós, como filhos da luz, a palavra que Deus nos ensina é que “a fé sem obras é morta”.
Talvez o Haiti parece ser um lugar muito distante pra você ajudar. Olhe ao seu redor, no seu bairro, na sua cidade. Veja quem é o seu "próximo" carente de algo. Seja no Haiti ou bem aqui, vamos refletir e nos mobilizar para mudar esta triste realidade porque a bandeira que está sobre nós é o amor.
Com amor
Jack
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