Precisamos ser uma igreja diferente - Parte 2
Olá queridos
Continuando esta mensagem, vamos olhar agora pelo lado da igreja analisando nossos dias.
Hoje em dia, temos informação online e praticamente
todo mundo vive conectado pelo celular. Você entra no metrô de SP e pelo menos
metade das pessoas no vagão estão nos celulares jogando, falando ou interagindo
com pessoas nas redes, e estamos na geração em que as crianças não brincam nas
ruas de esconde-esconde pois já dominam os Tablets. Temos igrejas de todos os
estilos, liturgias e doutrinas diferentes e temos muito mais informação
injetada em nós hoje do que há dez anos e algumas igrejas tem dificuldade de
lidar com um novo público: o que pergunta, questiona e comenta com propriedade
opiniões, mensagens e valores pregados em púlpitos. A pergunta que merece ser
feita é: como ter essas pessoas dentro das nossas igrejas?
A resposta que chego é como igreja
brasileira, precisamos ser mais receptivos. Aceitar e respeitar as pessoas como
elas são. Todo mundo quer se sentir parte de algo e não ser ofendido seja pela
roupa, pela cultura, instrução escolar ou qualquer motivo que seja. A mudança
na vida das pessoas é trabalho do Espírito Santo e não nosso. O que podemos
fazer é orientá-las, não sufocá-las e servi-las em suas necessidades.
Tenho visitado algumas igrejas de
denominacões diferentes aqui em SP e algo em comum acontece: várias pessoas te
cercam disputando-o como se ele fosse um prêmio a se ter em seu grupo, ou
visitante entra, algumas pessoas o abraçam dando boas vindas mas acabou a
reunião ele sai sem ser notado. E se o visitante fosse um incrédulo, que imagem, que marcas de amor estamos deixando no mundo?
Quando estive visitando a Nova
Zelândia uma das lições que a gente mais aprende é o respeito pelas pessoas como são. Você é o
estrangeiro e não eles. Quando você está lá fora, as coisas não são do seu
jeito, você precisa se abrir para a cultura do lugar e não impor o que você
acha certo. Lá você vê vários grupos etnicos: indianos, mulcumanos, asiáticos,
latinos, europeus, etc. É o que os Kiwis fazem conosco, respeitam nossa
cultura, nosso jeito de ser. (Kiwis é o nome carinhoso dado para os
Neozelandeses). Fui em uma igreja brasileira que aconteceu a mesma coisa que
acontece aqui. Na primeira reunião vários vem cumprimentar você, mas na segunda
reunião, isso não acontece mais, entretanto eles tem um trabalho de evangelismo
para ganhar os Kiwis pra Jesus. Visitando uma igreja local da Nova Zelândia
mesmo, o comportamento foi diferente, mais receptivo: Fui recepcionada por dois
rapazes, que me apresentaram uma moça e esta foi quem me deu toda a atencão do
mundo durante a reunião. Eu era uma estrangeira e falava o idioma com muita
dificuldade. Após a reunião, ainda descolei uma carona pra casa, com uma
senhora que eu nunca tinha visto.
A questão não é onde é melhor, mas
"quero ficar aqui porque me entendem e me aceitam. Sinto que sou
importante aqui". Precisamos ser uma igreja que faça a diferença. Precisamos ser aqueles que honestamente se perguntam "Porque a igreja onde vou é indispensável?" O Senhor Jesus atraia as pessoas porque ele
transbordava amor e nunca invadia a vida delas. Várias vezes lemos nas escrituras
a expressão "se quiseres", que significa, "eu faço mas você
quer ?". É uma gentileza clara de como se falar com alguém que está em
crise, ou em dúvidas de alguma coisa. Com isto podemos aprender que, se Jesus
não invadia a vida delas, porque nós como cristãos faríamos diferentes? Vejamos
os discípulos: Mateus largou o que estava fazendo só para segui-lo (Mt 9.9).
Imagine você, largar tudo, talvez algo muito importante como seu ganha pão,
para seguir Jesus, porque Ele te fez sentir importante. Ele te aceitou como
estava, respeitou sua criação e cultura e uma vez, rendido a Ele, Ele fez de
você uma benção aqui na terra para continuar a obra que Ele começou.
Quando nos sentimos amados e
aceitos, devolver esta forma de amor deixará de ser uma obrigação e será um
prazer a quem foi alvo do seu amor. Não posso exigir que as pessoas se importem
comigo se eu não me importo com elas. Que cada um de nós possamos pedir
sabedoria a Deus para amar, cuidar e respeitar cada membro, cada pessoa dentro
das nossas igrejas e as que chegam. Sobre todo o verbo, o amor é o mais
importante. Se amamos de atitudes (e não com palavras), e se somos uma igreja
que ora, não vai ser difícil as pessoas virem a igreja pois este crescimento
Deus mesmo dará.
"Por isso, nem o que planta é
alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento".
I Corintios 3.7
Com amor
JS
Comentários
Postar um comentário